Entre cheiros, cores e sons que se esparramavam pelas ruas centenárias da Cidade Velha, parecia até que as paredes dos casarões sorriam. Era como se cada pedra do calçamento tivesse resolvido dançar junto com a multidão.Assim começou a noite que transformou o bairro histórico no maior palco a céu aberto do país: o Festival Psica 2025, que abriu a programação nesta sexta-feira (12) com shows totalmente gratuitos espalhados pelo coração cultural de Belém.
Desde cedo, o movimento já anunciava a grandeza do evento. O aroma de tacacá e churrasquinho se misturava à batida do carimbó, do brega e doreggae, enquanto milhares de pessoas circulavam entre as seis estações montadas na Praça Felipe Patroni, no Píer das Onze Janelas, na Igreja de Santo Alexandre, na Praça do Relógio, na Praça do Carmo e no Largo São João.
Ao todo,mais de 70 atrações nacionais e internacionais deram vida ao primeiro dia do festival que reforça o lema “O Brasil visto do Norte”, reafirmando a Amazônia como centro de criação, potência e diversidade cultural.
A parceria entre a Prefeitura de Belém e o Psica deu novo fôlego ao bairro da Cidade Velha , que ganhou reforço nos serviços públicos e viu suas ruas lotadas por moradores e turistas. ASegbel montou bloqueios estratégicos, organizou o fluxo de veículos e garantiu um deslocamento seguro para pedestres.
Já aSeinp coordenou a coleta seletiva e ações de educação ambientalem todas as estações, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
ASedcon atuou no credenciamento e fiscalização dos ambulantes, assegurando um ambiente organizado e acolhedor para quem trabalha e para quem curte.

No Largo São João, o “point” mais efervescente da noite, a mistura de gerações e estilos era evidente. A estudante Rafaela Correia, 27 anos, aproveitava cada minuto ao lado das amigas, como faz todos os anos. “Eu venho sempre! O Psica é aquele momento de reencontrar a galera, sentir a energia da Cidade Velha e celebrar nossa cultura. É de graça, é lindo e é do povo!”, conta animada entre um passo de dança e outro.


Carregando uma bandeira colorida, Ambessa Silva, 21 anos, fazia questão de afirmar presença. “Vim mostrar meu orgulho. O Psica é diversidade, é afeto, é resistência. Aqui a gente existe e celebra sem medo”, disse, emocionade.
A produtora cultural Arth Morbach, 31 anos, também celebrou o clima de união. “É incrível ver tanta gente curtindo junta, respeitando o espaço e vivendo a cidade. O Psica faz a Cidade Velha pulsar de um jeito único”, afirmou.
Entre os destaques da noite, o show de aparelhagens sacudiu o público e levou para o centro histórico a potência dos ritmos que moldam a identidade musical do Pará. Pessoas de todas as idades se misturavam em coro, transformando o Largo São João em uma grande festa de celebração cultural.
A Cidade Velha se despediu da primeira noite com um brilho especial, o brilho de quem sabe que acabou de viver uma noite histórica.



PROGRAMAÇÃO– A programação do Psica 2025 continua neste sábado (13) e domingo (14), dessa vez no Estádio Mangueirão (com ingressos à venda), prometendo ainda mais música, encontros, experiências e manifestações que consolidam Belém como uma referência nacional em eventos que aliam arte, sustentabilidade e alegria popular.



Sensação
Vento
Umidade




