O valor da maioria das espécies de peixe comercializadas nos mercados municipais de Belém apresentouqueda de preço pelo quarto mês consecutivo, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 16, pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon), e pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos no Pará (Dieese-PA). A pesquisa se refere ao mês de agosto e a tendência é que o produto continue em baixa nos próximos meses.
“Os preços estão bem equilibrados, isso é um atrativo para a população e para os turistas que vão visitar Belém em outubro e também em novembro para a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). Além disso, não podemos esquecer dos donos de hóteis e restaurantes que vêm aqui comprar o peixe para ser ofertado aos clientes de fora”, disse o presidente do Sindicato dos Peixeiros de Belém, Fernando Souza.

Vendedor de peixe há 60 anos do Mercado de Ferro do Complexo do Ver-o-Peso, Pedro Santos revela que o filhote é o pescado mais procurado pelos turistas. “Eles querem provar nos restaurantes, mas também vêm aqui para conhecer de perto o peixe e levar para a terra deles”, disse o peixeiro.

Segundo o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, André Cunha, “a diversidade de pescado comercializado no Mercado do Ferro, aliada àrevitalização total do espaço, que será entregue este mês de setembro pela Prefeitura de Belém, são atrativos que devem aquecer ainda mais a economia e o turismo no Complexo do Ver-o-Peso”, destacou o titular da Sedcon.

Pesquisa
Conforme o estudo da Sedcon e Dieese-PA, no mês de agosto as espécies que tiveram quedas mais expressivas de valor foram a traíra, com recuo de 18,46%. seguida do curimatã, com queda de 9,33%, da sarda, -7,26%; do mapará, -6,98%; do cação, -6,33%; da guirijuba, -5,55%; do xaréu, -4,12%; da pratiqueira, -3,59%; da piramutaba, -2,46%; da pirapema, -2,08%; e da pescada amarela, que registrou queda de 1,99%.
Já na média observada ao longo de 2025, foi identificado que de janeiro até agosto deste ano algumas espécies apresentaram recuo de preço, como o tucunaré, com queda de 37,50%, seguido da tainha, com recuo de 18,61%; do peixe-serra, com -16,94%. da pescada branca, -15,02%; e do curimatã, com queda de 9,64%.

“Seguindo a tendência de anos anteriores,a expectativa é de novos recuos de preços, considerando a maior oferta de espécies e melhores condições de captura do pescado. As pesquisas seguirão acompanhando este cenário”, garantiu o supervisor técnico do Dieese-PA, Everson Costa.
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