De uma unidade de ensino cujos alunos enfrentavam dificuldades na escrita à premiação nacional em concurso de redação: essa é a trajetória da Escola Municipal Desembargador Maroja Neto, em Mosqueiro, em apenas três anos. O empenho coletivo da comunidade escolar rendeu a premiação de duas alunas neste fim de ano. Uma delas,Hemily Ribeiro, de 12 anos, conquistou o 1º lugar e receberá seu prêmio na cidade do Rio de Janeiro na próxima semana. A alunaMeryllane Lima, 16 anos, estudante do 9º ano, alcançou o 7º lugarno concurso.
A seleção foi realizada pelo Centro de Excelência para o Mar Brasileiro (Cembra) e teve como tema “A cultura Oceânica”. O objetivo do concurso, segundo os realizadores, é promover uma compreensão mais aprofundada sobre a importância do oceano para a vida humana e a necessidade de preservá-lo para as futuras gerações.
O professor Marcos Vinícius Leão, que ministra Ensino Religioso e Filosofia, foi quem mobilizou os alunos para a seleção. Ele conta que chegou na escola em 2023, logo após uma longa reforma e num momento de pós-pandemia de covid-19, e os alunos estavam com problemas de escrita e redação.
“A coordenadora chamou todos os professores e propôs que, de uma forma multidisciplinar, a gente conseguisse melhorar a escrita dos nossos alunos. Entãoem 2023 a gente começou a exercitar o texto com eles e em 2024 começamos a inscrever eles em concursos de redação”, lembra o professor.

Em 2025, foram inscritas 38 redações da Maroja Neto no concurso da Cembra.
Hemily Ribeiro viaja no próximo dia 16 para o Rio de Janeiro, onde receberá como prêmio, além de um livro, uma medalha, um tablet e a oportunidade de conhecer o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira”, da Marinha do Brasil, considerado um dos dez mais bem equipados Navios de Pesquisa do mundo.
Considerada na escola uma estudante dedicada, criativa e participativa nas diversas áreas do conhecimento, ela alcançou a nota máxima na sua redação. “Fiquei muito feliz, porque eu nunca pensei que iria ganhar”, afirmou Hemily.
Orgulhoso, o professor Marcos pretende seguir com a iniciativa de incentivo à produção textual dos alunos. “Fico muito feliz por eles.Tudo começou com 12 alunos, hoje já temos 40, e ainda não acabou. O projeto só vai terminar quando, no futuro, eles retornarem para contar que passaram num concurso público, numa faculdade ou universidade”, declara o professor.
Sensação
Vento
Umidade




