Realizada pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult), em parceria com o Ministério do Turismo, a1ª edição do Belém Brega Festival, iniciada na noite de sexta-feira (05), foi encerrada na noite deste sábado (06), no Portal da Amazônia, em uma celebração pulsante doritmo que simboliza a riqueza cultural paraense.
Milhares de pessoas vibraram com artistas de diversas vertentes do brega, do tradicional brega saudade ao brega pop, tecnobrega, tecnomelody e as inconfundíveis aparelhagens. Desde as 20h, famílias e amigos ocuparam a orla para cantar, dançar e vivenciar a festa que exalta aidentidade cultural do povo paraense.

Abani Pereira chegou cedo e garantiu um lugar na grade, próxima ao palco, para prestigiar a segunda noite de show dos artistas paraenses.
“Está sendo muito bom ver a nossa música em destaque, estou aqui pra me divertir e escutar a nossa música”, disse a fã do ritmo brega.

O segundo dia de programação trouxe ao palco artistas que fazem parte da trajetória do brega, como Suanny Batidão, Edilson Moreno, Wanderley Andrade, Vingadores do Brega, além do DJ Dinho, da aparelhagem Carabao e de outros nomes que ajudaram aconsolidar e reinventar a sonoridade do ritmo ao longo das décadas.

O Belém Brega Festival marca ummomento histórico para a cidade.A iniciativa reforça a grandiosidade e o impacto cultural do ritmo, especialmente após o reconhecimento da Organização Mundial das Nações Unidas para o Turismo (ONU Turismo), quedeclarou a capital paraense como Capital Mundial do Brega, em 30 de maio de 2025.
Além dos shows, o público acompanhou a vibrante apresentação de dança da Cia Cabanos, que colocou a multidão para reproduzir passos marcantes do ritmo, celebrando aestética, o movimento e a energia que definem o brega no imaginário popular.

Um dos momentos mais emocionantes da noite foi a interpretação do clássico paraense “Ao Pôr do Sol”, sucesso de Teddy Max, na voz de Edilson Moreno. O público formou um grande coral ao cantar o hit queatravessa gerações e reforça o sentimento de pertencimento dos paraenses.
Brega e suas vertentes
O brega paraense nasceu da fusão de influências da música romântica brasileira com ritmos caribenhos e amazônicos, ganhando força nas décadas de 1970 e 1980. Daí passou por diversas vertentes, como o brega saudade, que surgiu com canções emocionais e melodias marcantes; o brega pop modernizou o gênero com guitarras, beats mais rápidos e estética jovial; o tecnomelody introduziu batidas eletrônicas e sintetizadores, tornando-se febre nas pistas; o tecnobrega levou essa inovação às aparelhagens, transformando o brega em espetáculo de luz e potência sonora; e o irreverente rock doido trouxe mistura, ousadia e performances que ajudaram a consolidar ocaráter plural e inventivo do ritmo.
Sensação
Vento
Umidade




