O passeio de rotina pela praça virou um compromisso com a saúde dos pets. Ao perceber a movimentação das equipes de vacinação, o tutorLeonardo Soares decidiu aproveitar a oportunidade para proteger suas pets, Margô e Angel, cachorras de baixo porte.“A gente passa por aqui todo dia, e hoje vi que estava tendo a vacinação. Aproveitamos para vacinar logo. É importante manter tudo em dia, principalmente paragarantir a saúde deles”,contou.
A cena se repetiu ao longo deste sábado, durante oDia D da Campanha de Vacinação Antirrábica 2025,realizado pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), antigo Centro de Controle de Zoonoses. A ação ocorreu das 8h às 16h, comatendimento gratuito para cães e gatos em diversos pontos da capital.
A ação marcou asegunda etapa da Campanhade Vacinação Antirrábica 2025, que buscaampliar a cobertura vacinal no município e facilitar o acesso da população ao serviço.Ao longo do dia, equipes da UVZ estiveram mobilizadas empraças e supermercados,estratégia que contribuiu para alcançar tutores que não conseguem levar seus animais até uma unidade fixa.



Segundo o médico veterinário e coordenador do Programa de Raiva da UVZ, Adriano Nery, a escolha dos locais foi decisiva para o sucesso da mobilização.
Nesta etapa, foram vacinados13.090 cães e 14.033 gatos, totalizando 27.123 animais imunizados neste sábado.A maior parte das doses foi aplicada em cães. Com esse resultado,a campanha encerra 2025 com quase 50 mil animais vacinados em todos os distritos de Belém.
A estimativa da população de cães e gatos em Belém é de aproximadamente110 mil animais.Naprimeira etapa da campanha, realizada no primeiro semestre deste ano,mais de 18 mil cães e gatos foram imunizados.Para o Dia D deste sábado,a meta estabelecida foi vacinar 40 mil animais,ampliando significativamente a cobertura vacinal e reforçando as ações de prevenção contra a raiva no município.



A primeira etapa da vacinação ocorreu nomês de maio e contemplou os distritos de Mosqueiro, Outeiro e Icoaraci,priorizados em função das demandas logísticas e da necessidade de ampliar o acesso à imunização em áreas mais afastadas.
A possibilidade de vacinar os animais no fim de semana facilitou a participação de muitas famílias.Foi o caso de Marcos Vinícius, Zenira e Najara Holanda, tutores dequatro cães,que aproveitaram o sábado para atualizar a caderneta de vacinação. “Durante a semana não tem como trazer. No sábado fica muito mais fácil. A vacinação é importante para evitar doenças e para cuidar da saúde dos animais e da gente também, que convive com eles todos os dias”, relataram.



A presença das equipes em áreas de grande circulação permitiu que muitos tutores descobrissem a ação de forma espontânea, durante passeios ou atividades de lazer,reforçando o caráter acessível da campanha.
Belém não registra casos humanos de raiva há mais de 30 anos, resultado direto das campanhas contínuas de vacinação e das ações permanentes de vigilância em saúde.A imunização de cães e gatos é considerada essencial para manter esse cenário e proteger a população.



De acordo com Adriano Nery, a raiva é uma zoonose de altíssima letalidade, o que torna a vacinação indispensável.“A raiva é praticamente 100% letal.Quando o vírus se instala no organismo, o risco de óbito é muito alto. Por isso,a vacinação é a principal e mais eficaz forma de proteção, tanto para os animais quanto para as pessoas”,reforça.
Além das ações concentradas da campanha,a vacinação antirrábica segue disponível diariamente na UVZ.O serviço garante acesso contínuo à imunização para cães e gatosa partir de três meses de idade, desde que estejam saudáveis. Para vacinar no local, basta o tutor levar o animal até a unidade.
Também é possívelrealizar a retirada da vacina para aplicação domiciliar, mediante apresentação de isopor com quantidade suficiente de gelo,garantindo a conservação da temperatura do imunizante durante o transporte.A orientação é que a vacina seja aplicada no mesmo dia da retirada.
A possibilidade de levar a dose para casafacilitou o acesso de tutores que enfrentam dificuldades para transportar os animais.Foi o caso de Davison Araújo, que optou pela retirada das vacinas para garantir a imunização do filhote de pitbull, Loki, e também do gato do tio, que não pôde ir até o posto de vacinação.



“O gato é mais agressivo e fica com meu tio, e o pitbull ainda é filhote, se cansa rápido e não é muito social. Assim ficou mais fácil garantir a vacina dos dois.Pra mim, o mais importante é ter os bichinhos saudáveis”, relatou.
Ao destacar a responsabilidade dos tutores, Adriano Nery reforça que o cuidado com os animais reflete diretamente na saúde coletiva.“Quando o tutor cuida da saúde do seu cachorro ou do seu gato, ele protege o animal e também a população.A vacinação é uma medida fundamental para manter esse equilíbrio e prevenir doenças que podem ser transmitidas para o ser humano”, conclui.
Sensação
Vento
Umidade




